HISTÓRICO RESUMIDO DO MUNICÍPIO DE FORQUILHINHA: A CIDADE MAIS ALEMÃ DO SUL DE SANTA CATARINA
Colonizada por descendentes de imigrantes vindos em sua maioria dos Estados de Rheinland-Pfalz, região do rio Mosel, e de Nordrhein-Westfalen, da atual Alemanha, chegando no porto do Desterro em 1829, hoje Florianópolis. Por volta de 1870, os filhos destes imigrantes deixaram suas moradias no rio Cubatão e fixaram residência na região de São Martinho.
Nos últimos anos do século XIX, informados de que as terras da planície do Araranguá eram férteis, um grupo de homens da região do Rio Capivari, Braço do Norte e São Ludgero resolveram conhecer estas terras.
De 1910 a 1911 chegaram na região, hoje Forquilhinha, alguns colonos germânicos à procura de boas terras de plantação. Já se encontravam, ali estabelecidos alguns colonos descendentes de italianos, polonesas, letonianas, lituanas e luso-brasileiras, dentre estes Adolfo Wilhem Tiscoski (Rosner) e João Manuel Rocha. As terras existentes em sua grande parte pertenciam a pequenos e grandes moradores de Tubarão, Araranguá e Nova Veneza. Entre estes colonos encontravam-se, João José Back acompanhado dos filhos Geraldo e Adolfo, os irmãos Geraldo e Gabriel Westrup, Guilherme e Francisco Back e Gabriel Arns com o objetivo de visitar parentes em Nova Veneza, e procurar terras para aquisição. Interessados nestas novas terras, os colonos recém chegados foram comprando e ocupando-as aos poucos destes antigos proprietários, inclusive dos irmãos Amaro e José Canela, de Nova Veneza.
Em 1912, mais famílias chegaram e definitivamente assim estabelecendo uma nova colônia na região do Rio Mãe Luzia e Rio São Bento Baixo, hoje Forquilhinha, que aconteceu com a chegada dos demais colonizadores Henrique e Germano Berkembrock, Germano Böeng, Felipe Arns e o retorno de João José Back, que por sua vez até que as novas propriedades estivessem em condições de receber não trouxeram suas famílias. De primeiro momento, a caça e a pesca também eram fontes de alimentação. Geraldo Westrup comprou um terreno do italiano Batista Scarduelli, onde se havia instalado uma capela chama de Santa Bárbara, que continuou a ser frequentada pelos colonos das redondezas.
Desta forma, entre 1912 e 1922, vindo a maioria do Capivari e Braço do Norte e estabelecendo a nova colônia de forma organizada as famílias: Anrs, Back, Backes, Böeng, Eyng, Fritzen, Hoepers, Horr, Junkes, Kammer, Kestering, Külkamp, Kürtz, Loch, Preis, Schneider, Sehnem, Steiner, Warmling e Westrup. Uma curiosidade destas famílias é a Westrup, única de descendência dinamarquesa.
Gabriel Arns demonstrou liderança, quando, de comum acordo com os demais colonos, deu início aos projetos de construção de uma escola e uma igreja para a comunidade de Forquilhinha. A escola representava grande sonho dos moradores, construída antes mesmo do que a igreja, foi concluída em 1915. O professor era Jacob Arns. Em 1919, iniciou-se a construção da Igreja, obra terminada em 1920. No ano de 1935, chegam da Alemanha por iniciativa do Padre Linnartz a “Congregação das Pobres Irmãs Escolares de Nossa Senhora”, para trabalhar na escola que mais tarde funcionava também como internato. Chegaram antes de 1939 as Irmãs: Norberta, Theóphora, Hilda, Achileia, Orthilde, Gonçalva, Rafaela, Beredine e Frumência. Dentre as irmãs merecem destaque pela relevância dos trabalhos, sem desmerecer as demais: Irmã Maria Norberta Ogniewiski pela sua dedicação ao ensino juvenil forquilhinhense, em serviços sociais mantidos pela congregação, mostrou-se verdadeiramente exemplar, mantendo-se no atual colégio até sua morte em 1999. E a Irmã Maria Theóphora, proporcionou enorme impulso aos empreendimentos, ampliando o Hospital São José, em Criciúma, conseguindo atualizá-lo com os equipamentos mais modernos.
Forquilhinha foi crescendo graças ao trabalho das famílias de origem germânicas e as demais nacionalidades, até transformar-se em distrito da cidade de Criciúma em 1959. Em 26 de abril de 1989, foi criado pela Lei 7.587, o município de Forquilhinha, e em 1 de janeiro de 1990, foi instalado solenemente o município.
Brasão
O Brasão do Município de Forquilhinha é formado por um escudo, encimado por quatro torres, tendo, na sua parte inferior uma faixa cinza e, nas laterais, espigas de milho e de arroz, que simbolizam as culturas típicas da região.– As torres em cor cinza representam a liberdade, a união, o trabalho e o progresso do Município.– Na base do escudo, cortando o verde da base agrícola, está a forquilha na cor azul.– No centro do escudo, em cor vermelha, que sugere dinamismo, está representada a força industrial no desenho de uma chaminé soltando labaredas, sobressaindo de um aro de engrenagem.– Na faixa de cor branca estão inscritos o nome do Município e a data de sua instalação administrativa.
– As cores do Brasão são as seguinte:
a) Cinza-claro.
b) Verde-folha.
c) Azul-cian.
d) Amarelo-limào.
e) Vermelho-escarlate.
f) Branca.
g) Preta.
– A bandeira do Município compõe-se das cores verde e vermelha, separadas por uma forquilha estilizada na cor branca, onde sobressaem três estrelas amarelas, contornadas em preto.
– A cor verde representa a riquesa da terra e a atividade agrícola.
– A cor vermelha sugere o dinamismo e o espírito progressista da gente forquilhinhense.
– A forquilha, imagem-símbolo, representa convergência e união de esforços.
– A cor branca espelha o congraçamento da comunidade de Forquilhinha, na busca de objetivos comuns. As três estrelas lembram as etnias responsáveis pela colonização do Município.
– A Bandeira do Município de Forquilhinha terá as seguintes dimensões:
a) Área total da Bandeira: 11.100cm2 = 150cm x 74cm.
b) Lado maior da área verde: 123cm.
c) Vértice do triângulo vermelho: 57cm.
d) Diâmetro das estrelas: 12cm
e) Espaço entre as estrelas: 3cm.
f) Contorno preto das estrelas: 0,4cm.
g) Altura da faixa branca: 15cm.
– As cores da Bandeira são as seguintes:
a) Verde-Bandeira.
b) Vermelho-escarlate.
c) Amarelo-limão.
d) Branca.
e) Preta.