Moradores do Bairro Cidade Alta recebem centro comunitário e praça de lazer com academia
Moradores do Bairro Cidade Alta receberam no sábado, 9 de novembro, o centro comunitário e a praça de lazer com academia. O evento contou com autoridades e moradores, além das famílias homenageadas, já que os equipamentos receberam os nomes de Centro Comunitário João Miguel e Academia Popular Alaídes Anfilóquio de Oliveira.
O centro comunitário tem 709,93 metros quadrados e investimento de R$ 499.842,53 (quatrocentos e noventa e nove mil oitocentos e quarenta e dois reais e cinquenta e três centavos). O investimento na praça foi de R$ 176.255,54, incluindo academia e iluminação pública. A prefeitura ainda investiu recursos próprios em aterro no local. Todas estas obras fazem parte do Projeto de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários no Bairro Cidade Alta, obra da Administração Municipal de Forquilhinha com o Ministério das Cidades, através do Programa Minha Casa Minha Vida, associado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Neste mesmo projeto já foram construídas e entregues as famílias 112 casas populares. Também foram pavimentadas todas as ruas do Residencial Jardim dos Ipês. O investimento total em parceria com o Ministério das Cidades, foi de R$ 7 milhões. Confira o histórico das duas pessoas homenageadas.
João Miguel, popularmente conhecido como João Onofre, nascido em 30 de maio de 1939 e falecido dia 28 de julho de 1995, teve dez filhos. Durante os 13 anos em que morou no Bairro Cidade Alta, sempre buscou benefícios para a comunidade como iluminação publica, manutenção de estradas, drenagem e transportes junto aos setores responsáveis. Era considerada uma pessoa de bom coração. Forneceu água a 13 famílias que moravam em uma área verde durante três anos. Era uma pessoa carismática, por conta disso, recebeu o convite para ser candidato a vereador na segunda eleição após a emancipação de Forquilhinha. A academia popular instalada nesta praça recebe o nome "Academia Popular Alaídes Anfilóquio de Oliveira".
ALAIDE ANFILOQUIO DE OLIVEIRA, popularmente conhecida como Dona Laide, nasceu em 16 de março de 1939, na localidade de Rio América, que na época pertencia ao Município de Lauro Muller. De uma família trabalhadora era a primeira de 15 irmãos. Aos 10 anos de idade começou a trabalhar na escolha de carvão na localidade de São Simão, aonde permaneceu até os 15 anos de idade, quando seus pais decidiram muda-se para o Bairro Metropol em Criciúma. Continuou o mesmo trabalho de escolha de carvão em minas de céu aberto. Aos 17 anos conheceu aquele que seria o pai de seus filhos, João Luiz de Oliveira. Casados tiveram seis filhos, todos já estão casados, 19 netos e 17 bisnetos. Desde quando o Bairro Cidade Alta ainda pertencia a Criciúma, ela participava do Clube de Mães. Dona Alaíde era uma mulher calma, justa, de um coração bom, companheira das horas boas e ruins tinha no seu esposo o seu companheiro, ao qual ela sempre chamava de João. Ela era o seu esteio, ombro amigo, as decisões sempre partiam dele, apoiados por ela, se davam bem, como se diz (funcionavam tipo chave e fechadura). Com a morte dele em 04 (quatro) de janeiro de 2008, ela perdeu o chão, mas com o maior aliado o tempo e a fé inabalável, retomou a vida. O grande amor que tinha pelos filhos como toda mãe, tirava sempre um tempo para ir vê-los. Por último trabalhou durante 12 (doze) anos na cerâmica Minotto até aposentar-se. A bronquite, o reumatismo, nada disso lhe tirava a alegria. Trabalhava muito, deixava qualquer jovem para trás. Gostava de participar de varias atividades, assistir palestras, não interessava o assunto sempre dizia que aprendia muito. Era uma mulher respeitadora, apesar de toda atribulação, muito trabalho, problemas que fazem parte de toda família, ela nunca se exaltava, sabia sempre esperar a sua hora. Devota de Nossa Senhora dos Passos, escutava diariamente o Padre Marcelo Rossi. Quando ia a Criciúma participava da missa da saúde, voltava feliz, contava parte da celebração emocionada.